Lançado em 2024, o segundo filme Divertidamente acompanha as mudanças internas e externas da protagonista, com a chegada de novas emoções.
O longa aborda de forma bem legal o processo de amadurecimento e pode nos ensinar muitas coisas, entre elas: a inteligência emocional!
Cartaz do filme Divertidamente 2 |
Todas as emoções tem uma função
Por mais que algumas emoções sejam mais agradáveis de sentir que outras, todas as nossas emoções tem uma função em nossa psique.
Elas foram sendo desenvolvidas através de um longo processo de evolução e servem para a nossa sobrevivência.
Isso porque, graças ao surgimento e aprimoramento delas é que os seres humanos conseguiram desenvolver habilidades sociais que foram fundamentais para a vida em grupos. E como sabemos, foi a partir daí que passamos a nos proteger melhor dos predadores, adquirindo mais possibilidade de sobreviver.
Foi e continua sendo através das emoções que conseguimos adquirir complexidade em nossas relações e com isso, nossa capacidade intelectual continua sendo desenvolvida.
Elas ficam mais complexas a medida que crescemos
A fase que compreende a adolescência é o auge da intensidade emocional. Isso ocorre porque as emoções ficam mais complexas durante esse período, mas os indivíduos durante a fase da adolescência ainda não têm maturidade mental para lidar com elas.
Fora isso, é também nessa fase que as cobranças e pressões acerca do futuro começam a aparecer. Não a toa, muitos transtornos emocionais como ansiedade e depressão, começam nessa faixa etária.
Para o adolescência, lidar com um turbilhão de emoções mais o aumento de responsabilidade e por fim, o desenvolvimento da sua identidade (que nessa fase começa a se diferenciar dos pais) acabam por levá-lo a ter naturalmente uma dificuldade em manejá-las adequadamente.
Reprimi-las não é saudável
Durante muito tempo, acreditou-se que quem possuía boa inteligência emocional, era aquela pessoa que não aparentava o que estava sentindo. Algo como: razão x emoção.
Hoje, sabe-se que o equilíbrio entre senti-las e como expressá-las é o que garante isso. Pessoas extremamente racionais, não tem necessariamente boa inteligência emocional!
Resumindo, o melhor caminho para desenvolver uma boa inteligência emocional é entender que as emoções nos auxiliam a reconhecer os lugares, que nos fazem bem, ao passo que é através da razão que conseguimos construir as estratégias para que nossos objetivos sejam alcançados e principalmente, escolher a melhor forma de quando nos expressar!
Sem esse discernimento, vamos nos colocando cada vez mais em situações desagradáveis por não reconhecer nos próprios limites.
A criança aprende sobre elas com seus cuidadores
A forma como você lida com as suas emoções, reflete no seu filho. Não adianta nada os cuidadores exigirem repertório emocional, se eles não conseguem lidar de forma saudável com as suas próprias emoções.
Percebo muito isso no consultório, em meus atendimentos infantis. Muitos pais procuram ajuda terapêutica para o filho, visando uma mudança comportamental e ao longo do processo, fica evidente que esse indivíduo tem reações semelhantes ao próprio genitor(a). Por isso, em muitos casos, a terapia é aconselhada para os responsáveis por aquele paciente.
Entender que o primeiro ser humano que seu filho convive é com você e por mais que sejamos únicos, temos inspirações e seguimos exemplos ao longo da vida toda.
O filme Divertidamente é um sucesso mundial é não para menos. A atualidade enfrenta cada mais epidemias de transtornos emocional. Nunca antes da história, se falou tanto em saúde mental como agora e apesar de todos os avanços, ainda temos um longo caminho a percorrer.
Acredito que esse seja o principal apelo do longa, especialmente para os adultos, pois conseguimos nos identificar com a protagonista em qualquer fase da vida. Isso porque, estamos em constante mudança e nossas emoções acompanham essa trajetória.
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